Considerando que o Estado tem a obrigação de proporcionar aos seus cidadãos condições aceitáveis de educação, saúde, habitação, saneamento e infraestrutura, certamente que a polícia, como instituição do Estado, não deve se restringir a proporcionar aos cidadãos tão somente segurança pública.
Hodiernamente, a polícia do amanhã e a justiça devem mobilizar esforços conjuntos para atender aos demais anseios da sociedade. Dotado de um novo prisma, o governante apropriado para a realidade que vivemos se afigura em um administrador capaz de visualizar além os números dos valores que poderiam ser gastos com o pagamento de salários dignos e equipamentos de qualidade.
Nesse diapasão, posso afirmar que o governante inteligente e sagaz é aquele capaz de compreender que O GOVERNO NÃO “GASTA” COM A POLÍCIA E A JUSTIÇA. O GOVERNO “INVESTE”!
Um estudo realizado pelo Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec) da Fiesp (Federação das Industrias de São Paulo) no ano de 2008 aponta que o custo médio anual da CORRUPÇÃO NO BRASIL representa de 1,38% a 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB), isto é, algo em torno R$ 41,5 bilhões a R$ 69,1 bilhões.
No período entre 1990 e 2008, a média per capita do PIB no Brasil foi de US$ 7.954. Entretanto, a pesquisa verificou que se o país estivesse entre os menos corruptos esse número subiria para US$9.184.
O mesmo estudo ilustra que a redução dos níveis de corrupção beneficiaria setores como educação, saúde, habitação, saneamento e infraestrutura, de tal sorte que o governo disponibilizaria de mais dinheiro em seus cofres para realizar investimentos nessas áreas. Vejamos os dados:
Para a educação o número de matriculados na educação fundamental das redes públicas de ensino iria de 34,5 milhões para 51 milhões de alunos. Um acréscimo de 47,%, que compreenderia mais de 16 milhões de jovens e crianças.
Com a saúde, nos hospitais do SUS, a contagem de leitos para internação, que hoje é de 367.397, poderia crescer 89%, que significariam 327.012 leitos a mais para os doentes.
Com habitação o número de moradias também aumentaria. A projeção do PAC é beneficiar 3.960.000 famílias. Com a diminuição da corrupção, mais 2.940.371 famílias poderiam ser beneficiadas, isto é, um acréscimo de 74,3%.
Na área de saneamento a quantidade de residências acolhidas, segundo cálculo do PAC, é de 22.500.00. O serviço poderia subir 103,8%, adicionando mais 23.347.547 domicílios com esgotos, atenuando os riscos de doenças na população e a mortalidade infantil.
No setor de Infraestrutura os 2.518 km de ferrovias, segundo o PAC, seriam majorados de 13.230 km, ampliação de 525% para o despejo da produção da nação. Os portos poderiam saltar dos 12 que existem para 184, um aumento de 1537%. Outrossim, com a redução dos índices de corrupção o dinheiro poderia ser aproveitado para a construção de 277 novos aeroportos, um incremento de 1383%.
Ainda sobre o tema corrupção, acrescento um dado da Controladoria-Geral da União divulgado no corrente ano (2011) e que certamente serve como baldrame de informações para os dados da corrupção nos Estados.
O relatório da Controladoria informa que nos últimos oito anos, 2.969 servidores do poder executivo foram expulsos da administração pública pela prática de corrupção. Entre os anos de 2003 e 2010 foram demitidas 2.544 pessoas, 247 perderam cargos comissionados e 178 tiveram as aposentadorias cassadas.
Veja que dentre os principais motivos para as expulsões jazem: o uso do cargo para a obtenção de vantagens (1.579 casos ou 33,48% do total de expulsões), improbidade administrativa (933 casos), propina (285 casos) e lesão aos cofres públicos (172 casos).
Existe um provérbio bíblico que apregoa que “aquele que anda com os sábios será cada vez mais sábio, mas o companheiro dos tolos acabará mal”. Nada mais é do que o antigo ditado popular de que “uma maçã podre estraga o cesto”.
Portanto, verifico que o fortalecimento das corregedorias internas, dentre elas, as corregedorias de polícia, é um processo necessário e fundamental.
Além dos valores desviados que poderiam ser empregados conforme exposto acima, existe ainda um montante que o Estado deixa de ganhar em decorrência da corrupção.
Segundo um estudo publicado pelo coordenador da Escola de Economia de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marcos Fernandes, a perda de produtividade provocada por fraudes no país atinge a casa de US$ 3,5 bilhões de dólares por ano. Fernandes afirma que “da mesma forma que estradas e portos bem estruturados melhoram a produtividade do país, instituições ineficientes diminuem os ganhos da nação”.
Portanto, a corrupção é um grave problema que carece de ser combatido pela polícia com o apoio da justiça.
A polícia precisa se tornar uma instituição mais eficiente, assim como a justiça também precisa. Por isso, insistimos que é de fundamental importância que o Estado invista recursos na polícia e na justiça.
Destaco, por oportuno, que os investimentos do Estado na polícia e na justiça não devem resultar de pensamentos mirabolantes, como temos verificado ao longo dos últimos anos.
A polícia e a justiça precisam, eminentemente, de investimentos no capital variável (salário) e no capital humano (saúde e educação de seus servidores). É irretorquível que, hodiernamente, as pessoas (material humano) são o maior capital de uma instituição ou empresa.
Registro que deixo de discorrer sobre a teoria marxista segundo a qual o conceito de capital humano corresponde a uma “reificação” por considerar que a abordagem é demasiadamente cansativa e desnecessária, de tal sorte que não pode ser exaurida em poucos parágrafos.
Assim sendo, o que realmente precisa ficar claro é que o Estado precisa investir no servidor. É impossível vislumbrar que um profissional que recebe um salário ridículo, insuficiente para pagar sua alimentação, moradia e saúde, ainda consiga investir na própria formação profissional.
Destaca-se que esse é o servidor que o governo concebe que vai combater essa endemia chamada corrupção, assim como, combater as demais modalidades criminosas.
Leia mais: Saga Polícial
Hodiernamente, a polícia do amanhã e a justiça devem mobilizar esforços conjuntos para atender aos demais anseios da sociedade. Dotado de um novo prisma, o governante apropriado para a realidade que vivemos se afigura em um administrador capaz de visualizar além os números dos valores que poderiam ser gastos com o pagamento de salários dignos e equipamentos de qualidade.
Nesse diapasão, posso afirmar que o governante inteligente e sagaz é aquele capaz de compreender que O GOVERNO NÃO “GASTA” COM A POLÍCIA E A JUSTIÇA. O GOVERNO “INVESTE”!
Um estudo realizado pelo Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec) da Fiesp (Federação das Industrias de São Paulo) no ano de 2008 aponta que o custo médio anual da CORRUPÇÃO NO BRASIL representa de 1,38% a 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB), isto é, algo em torno R$ 41,5 bilhões a R$ 69,1 bilhões.
No período entre 1990 e 2008, a média per capita do PIB no Brasil foi de US$ 7.954. Entretanto, a pesquisa verificou que se o país estivesse entre os menos corruptos esse número subiria para US$9.184.
O mesmo estudo ilustra que a redução dos níveis de corrupção beneficiaria setores como educação, saúde, habitação, saneamento e infraestrutura, de tal sorte que o governo disponibilizaria de mais dinheiro em seus cofres para realizar investimentos nessas áreas. Vejamos os dados:
Para a educação o número de matriculados na educação fundamental das redes públicas de ensino iria de 34,5 milhões para 51 milhões de alunos. Um acréscimo de 47,%, que compreenderia mais de 16 milhões de jovens e crianças.
Com a saúde, nos hospitais do SUS, a contagem de leitos para internação, que hoje é de 367.397, poderia crescer 89%, que significariam 327.012 leitos a mais para os doentes.
Com habitação o número de moradias também aumentaria. A projeção do PAC é beneficiar 3.960.000 famílias. Com a diminuição da corrupção, mais 2.940.371 famílias poderiam ser beneficiadas, isto é, um acréscimo de 74,3%.
Na área de saneamento a quantidade de residências acolhidas, segundo cálculo do PAC, é de 22.500.00. O serviço poderia subir 103,8%, adicionando mais 23.347.547 domicílios com esgotos, atenuando os riscos de doenças na população e a mortalidade infantil.
No setor de Infraestrutura os 2.518 km de ferrovias, segundo o PAC, seriam majorados de 13.230 km, ampliação de 525% para o despejo da produção da nação. Os portos poderiam saltar dos 12 que existem para 184, um aumento de 1537%. Outrossim, com a redução dos índices de corrupção o dinheiro poderia ser aproveitado para a construção de 277 novos aeroportos, um incremento de 1383%.
Ainda sobre o tema corrupção, acrescento um dado da Controladoria-Geral da União divulgado no corrente ano (2011) e que certamente serve como baldrame de informações para os dados da corrupção nos Estados.
O relatório da Controladoria informa que nos últimos oito anos, 2.969 servidores do poder executivo foram expulsos da administração pública pela prática de corrupção. Entre os anos de 2003 e 2010 foram demitidas 2.544 pessoas, 247 perderam cargos comissionados e 178 tiveram as aposentadorias cassadas.
Veja que dentre os principais motivos para as expulsões jazem: o uso do cargo para a obtenção de vantagens (1.579 casos ou 33,48% do total de expulsões), improbidade administrativa (933 casos), propina (285 casos) e lesão aos cofres públicos (172 casos).
Existe um provérbio bíblico que apregoa que “aquele que anda com os sábios será cada vez mais sábio, mas o companheiro dos tolos acabará mal”. Nada mais é do que o antigo ditado popular de que “uma maçã podre estraga o cesto”.
Portanto, verifico que o fortalecimento das corregedorias internas, dentre elas, as corregedorias de polícia, é um processo necessário e fundamental.
Além dos valores desviados que poderiam ser empregados conforme exposto acima, existe ainda um montante que o Estado deixa de ganhar em decorrência da corrupção.
Segundo um estudo publicado pelo coordenador da Escola de Economia de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marcos Fernandes, a perda de produtividade provocada por fraudes no país atinge a casa de US$ 3,5 bilhões de dólares por ano. Fernandes afirma que “da mesma forma que estradas e portos bem estruturados melhoram a produtividade do país, instituições ineficientes diminuem os ganhos da nação”.
Portanto, a corrupção é um grave problema que carece de ser combatido pela polícia com o apoio da justiça.
A polícia precisa se tornar uma instituição mais eficiente, assim como a justiça também precisa. Por isso, insistimos que é de fundamental importância que o Estado invista recursos na polícia e na justiça.
Destaco, por oportuno, que os investimentos do Estado na polícia e na justiça não devem resultar de pensamentos mirabolantes, como temos verificado ao longo dos últimos anos.
A polícia e a justiça precisam, eminentemente, de investimentos no capital variável (salário) e no capital humano (saúde e educação de seus servidores). É irretorquível que, hodiernamente, as pessoas (material humano) são o maior capital de uma instituição ou empresa.
Registro que deixo de discorrer sobre a teoria marxista segundo a qual o conceito de capital humano corresponde a uma “reificação” por considerar que a abordagem é demasiadamente cansativa e desnecessária, de tal sorte que não pode ser exaurida em poucos parágrafos.
Assim sendo, o que realmente precisa ficar claro é que o Estado precisa investir no servidor. É impossível vislumbrar que um profissional que recebe um salário ridículo, insuficiente para pagar sua alimentação, moradia e saúde, ainda consiga investir na própria formação profissional.
Destaca-se que esse é o servidor que o governo concebe que vai combater essa endemia chamada corrupção, assim como, combater as demais modalidades criminosas.
Leia mais: Saga Polícial