banner-bda

Sem título

Executiva do PT defende ‘controle’ do Banco Central

Na primeira reunião após a reeleição da presidente Dilma Rousseff, a Executiva Nacional do PT cobrou maior influência do partido no segundo mandato, até mesmo nos rumos da política econômica, pregou o “controle” do Banco Central, a regulamentação da mídia e um discurso mais à esquerda. Em resolução aprovada nesta segunda-feira, a cúpula petista também defendeu temas que não contam com a aprovação de Dilma, como o fim do fator previdenciário e a jornada de 40 horas, sem redução dos salários “O PT deve buscar participar ativamente das decisões acerca das primeiras medidas do segundo mandato, em particular sugerir medidas claras no debate sobre a política econômica, sobre a reforma política e em defesa da democracia nos meios de comunicação”, diz um trecho da resolução, antecipada pelo Portal do Estadão. “É preciso incidir na disputa principal em curso neste início do segundo mandato: as definições sobre os rumos da política econômica.” A portas fechadas, dirigentes do PT disseram que será preciso pressionar Dilma para ouvir o partido, dialogar com movimentos sociais, aprovar a “democratização” dos meios de comunicação e fazer mudanças na economia. Embora a presidente esteja disposta a montar um governo “mais Dilma”, sem ceder a pressões, o PT fará de tudo para ter voz ativa no segundo mandato. “Nós vamos pressionar o governo. Queremos também discutir fator previdenciário e nova correção da tabela do Imposto de Renda e achamos que polêmica e atrito são normais”, disse Jorge Coelho, um dos vice-presidentes do PT. “O PT precisa estar mais perto do governo e a presidente Dilma, mais perto do PT”, emendou o secretário-geral do partido, Geraldo Magela. Para o ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, que participou do encontro de hoje, o partido terá agora o desafio de “unir a base aliada” no Congresso, se não quiser sofrer novas derrotas. A escolha do ministro que substituirá Guido Mantega na Fazenda também é vista como primordial pelo comando da legenda. Apesar do economista Nelson Barbosa ser o preferido por nove entre dez petistas para o cargo, deputados do PT chegaram hoje a elogiar o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, o primeiro indicado por Luiz Inácio Lula da Silva para a cadeira de Mantega.
Vera Rosa e Ricardo Della Coletta, Estadão Conteúdo
Postagem Anterior Próxima Postagem