banner-bda

Sem título

Planalto amplia concessões e admite negociar ajuste fiscal



Presidenta Dilma Rousseff
Sob pressão de manifestações por impeachment e fragilizada no Congresso, a presidente Dilma Rousseff decidiu ampliar as concessões a fim de aprovar o ajuste fiscal. Ao mesmo tempo, o governo anunciou que usará comerciais de TV para tentar explicar à população os motivos da adoção de medidas de aperto, entre elas a redução de benefícios trabalhistas. O ajuste fiscal foi o principal tema de reunião interna do governo comandada na segunda-feira, 13, pelo vice-presidente, Michel Temer. Foi sua estreia oficial no posto de articulador político – ele assumiu na semana passada as tarefas da Secretaria de Relações Institucionais, antes comandada pelo petista Pepe Vargas. Ao fim do encontro, o governo anunciou que aceita negociar pontos do ajuste fiscal, como a mudança de prazo para a concessão do seguro-desemprego. O recuo do governo foi anunciado pelo ministro da Previdência, Carlos Gabas, depois de reunião na qual o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, estava presente. Gabas informou que o governo aceitava negociar todos os pontos das duas medidas provisórias em tramitação no Congresso que alteram as regras de concessão de benefícios da Previdência e trabalhistas, as MPs 664 e 665. Com isso, o governo sinalizou que estava cedendo à pressão das centrais sindicais e parlamentares da própria base aliada, para tentar garantir a aprovação da essência do pacote fiscal. Dilma já havia avisado seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, e o PT de que estava disposta a ceder no ajuste e reduzir cortes na área trabalhista, conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo no fim de março.
Tânia Monteiro, Erich Decat e Rafael Moraes Moura, Agência Estado
Postagem Anterior Próxima Postagem