Empresas baianas são investigadas em CPI por envolvimento na máfia das próteses
Duas empresas baianas especializadas em importação e venda de materiais médicos entraram na lista de alvos da CPI que investiga a atuação da máfia das próteses, criada pela Câmara dos Deputados em 27 de março deste ano. Ontem, a comissão aprovou dois requerimentos que obrigam a Megamed e a Medicicor a entregar notas fiscais relativas ao comércio de próteses para pacientes atendidos em hospitais públicos e privados na Bahia.Os pedidos, de autoria do deputado federal Jorge Solla (PT), foram feitos após indícios de que ambas integravam um cartel formado para dominar o setor em diversos estados, com a participação de fabricantes, médicos, empresários e servidores.O esquema, denunciado pelo Fantástico em 5 de janeiro, revela pagamento de propina para direcionar pessoas com necessidade de implantes e próteses às empresas da máfia, que superfaturavam os produtos, muitas vezes às custas dos cofres do SUS e dos planos de saúde.Até ontem, apenas empresas do Sul e Sudeste estavam na mira dos deputados da CPI. De acordo com Jorge Solla, a comissão acolheu seus pedidos para estender as investigações sobre os estados do Nordeste. O argumento, segundo o deputado, os valores superfaturados pela quadrilha eram muito maiores na região.
Jairo Costa Jr., Correio*