Aumento de tarifas mantém em alta inflação de serviços
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A disparada das tarifas vem punindo duplamente o bolso do brasileiro este ano. Além de já ter imposto um gasto adicional de quase 50% entre janeiro e maio na conta de luz na cidade de São Paulo, a alta de preços de itens importantes como água, energia elétrica e combustíveis, entre outros, deve adiar para 2016 a desaceleração da inflação de serviços.O movimento ocorre apesar da retração no ritmo de atividade econômica e da demanda, que poderia brecar reajustes de preços dos serviços já neste ano. Um estudo feito pela Tendências Consultoria Integrada mostra o tamanho do estrago que as tarifas devem provocar na inflação de serviços. Sem o choque de preços administrados, a inflação de serviços – como cabeleireiros, restaurantes, lavanderias e hotéis, por exemplo -, que encerrou o ano passado acumulando alta de 8,3%, recuaria este ano para 7,1%.Com as pressões das tarifas, porém, a inflação dos serviços deve ficar praticamente estacionada e fechar 2015 em 8%, diz a consultoria. “A expectativa de inflação desancorada e o choque de preços administrados vão retardar a desaceleração da inflação de serviços”, diz a economista Alessandra Ribeiro, sócia da Tendências, que projeta alta menor, de 6,5%, para a inflação de serviços só em 2016. Segundo ela, com a expectativa de inflação geral medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA na casa de 5,5% para o ano que vem – um ponto porcentual acima do centro da meta -, segundo pesquisa do Boletim Focus do Banco Central, aumentaram os obstáculos para uma desaceleração mais significativa dos preços dos serviços neste ano. Leia mais no Estadão.
Agência Estado