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Justiça autoriza transferência de Lula para São Paulo; defesa e PT criticam decisão


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A Justiça ordenou nesta quarta-feira (7) a transferência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde abril de 2018, para uma prisão do interior de São Paulo, segundo determinou o juiz estadual Paulo Eduardo de Almeida Sorci.

Lula, condenado por corrupção, será transferido – em data ainda não divulgada – para a Penitenciária II de Tremembé, a 150 km da capital paulista, onde estão presos vários nomes conhecidos e condenados por casos de grande repercussão pública, como Alexandre Nardoni e Cristian Cravinhos.

A transferência foi solicitada pela própria PF, que alega não estar em condições de lidar com os distúrbios causados pela presença do ex-presidente em um estabelecimento destinado a abrigar apenas presos provisórios.

Na decisão de transferência, a juíza Carolina Lebbos afirmou que o procedimento busca “reduzir os custos humanos e financeiros inerentes à custódia, além de proporcionar melhores condições de ressocialização do preso”.

A execução da pena de 8 anos e três meses imposta a Lula passa assim para as mãos da justiça de São Paulo, que determinou seu cumprimento em Tremembé, a mais de 150km de São Bernardo do Campo, cidade onde o ex-presidente atuava como líder sindical e possui laços familiares.

A defesa de Lula indicou que o pedido de transferência não obedece a um pedido do ex-presidente de que o novo local de encarceramento seja compatível com a Sala de Estado Maior individual em que se encontra atualmente em Curitiba, e ainda não se manifestou a respeito do presídio escolhido pela justiça.

Reiterou, além disso, seu pedido de que a Justiça atenda rapidamente a seu recurso “de reconhecer a suspeição do ex-juiz Sergio Moro e a consequente nulidade de todo processo e o restabelecimento da liberdade plena de Lula”.

Lula se declara inocente das condenações por corrupção e lavagem de dinheiro e denuncia uma conspiração político-judicial para impedi-lo de voltar ao poder.

Essa teoria ganhou força desde junho, quando o portal de jornalismo investigativo The Intercept Brazil iniciou uma série de publicações baseadas em supostas conversas privadas entre o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sergio Moro, e os procuradores da operação Lava Jato, que sugerem atitudes antiéticas entre as duas partes.

O STF pretende analisar nas próximas semanas, ou meses, se o atual Ministro da Justiça, Sergio Moro, julgou Lula parcialmente, o que poderá levar a uma revisão de seu caso, conforme solicitado pela defesa do ex-presidente.

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