Durante um discurso oficial no município de João Dourado, na última sexta-feira (2), o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), gerou controvérsia ao sugerir que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus eleitores fossem levados "para a vala. A declaração ocorreu enquanto Rodrigues criticava a gestão de Bolsonaro durante a pandemia da Covid-19.
A repercussão foi imediata, gerando críticas de opositores e levantando debates sobre o tom do discurso político no Brasil. Em resposta à polêmica, o governador afirmou que sua fala foi "descontextualizada" e pediu desculpas pelo termo utilizado. "Se o termo ‘vala’ foi pejorativo, o governador tem toda humildade para dizer: desculpem pelo termo, mas não houve a intenção nenhuma de desejar a morte de ninguém, nem de querer matar ninguém", declarou Rodrigues.
A declaração também provocou reações no meio político. O ex-presidente Jair Bolsonaro repudiou o discurso, afirmando que ele "normaliza o ódio e incentiva a violência política".
Além disso, o deputado estadual Diego Castro (PL) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) contra Rodrigues, alegando que a fala ultrapassa os limites do discurso político e representa uma ameaça à integridade física de opositores.
O episódio reacendeu discussões sobre os limites da liberdade de expressão e o impacto de discursos inflamados no cenário político nacional. Enquanto aliados de Rodrigues minimizam a polêmica, opositores veem na declaração um exemplo de radicalização do debate público.