Prefeitura de Ibiporã anuncia gastar R$ 1,7 milhão com grupo de Capoeira para preencher grade curricular
Além do alto valor desprendido no pseudo esporte, os malefícios e riscos à saúde não devem ter sido considerados
Divulgação/F.A.Niterói: Criança na roda de Capoeira
A capoeira, apesar de ser considerado ainda uma atividade sobre o prisma de preconceito e marginalização, hoje reconhecida como “esporte”, ou parte da cultura brasileira, ao contrário das demais modalidades, esconde o perigo em suas desvantagens especialmente quando praticado por crianças.
Estudiosos das artes marciais enchergam na capoeira padrões de comportamento e cognição não saudáveis entre os próprios praticantes dado aos diferentes níveis de habilidade e compromisso. Diferente do judô, que traz na sua bagagem uma filosofia nobre, não arraigada a violência ou marginalidade. Há quem defenda que a capoeira está mais para uma seita onde os alunos seguem cegamente e voluntariamente os mandamentos de seus professores como se fossem um messias. Já vi mestres aconselhando alunos a fazer exercícios que eles mesmos nunca fizeram e, às vezes, esses exercícios são ridículos.
Em alguns casos, alunos se submeterem a milhares e milhares de repetições de exercícios instruídos por seus mestres, enquanto estes apenas observam e nunca praticam esses “movimentos” sozinhos. Então, quando chega a hora da roda, o mestre realiza movimentos completamente diferentes que nunca ensinou. Isso é fato!
Daí a capoeira ser entendida mais como um “elemento cultural” do que realmente um esporte sadio. Até porque há tanta lealdade dada pelos alunos a seus professores, e ainda assim o preço e o custo de se treinar até o chão aumentam ano após ano. Loucura, defendem especialistas em relação aos problemas que podem surgir ao longo do tempo. Fazer a mesma coisa repetidas vezes, mas esperar resultados diferentes não é o caminho saudável. Esse comportamento de seita e doutrinação religiosa é prejudicial à saúde. Eles podem te ensinar todos os movimentos da Capoeira em uma semana, mas depois de 10 anos, algumas pessoas nem conseguem fazer uma parada de mãos.
A Capoeira pode ser prejudicial à saúde e até mesmo perigosa.
Já ouvi vários médicos dizerem que o corpo humano não foi projetado para suportar todo o seu peso na cabeça, apesar de yoga, capoeira e breakdance conterem posições que envolvem exatamente isso. O que querem dizer é que qualquer movimento que inclua a cabeça tocando o chão é estritamente prejudicial especialmente à coluna e ao pescoço com riscos de lesões sérias.
Também há o alerta por queda de rins geralmente envolve o canto/lado superior da cabeça tocando o chão, com algum grau de peso colocado nesse canto. Mesmo assim, não há nenhuma garantia de que os “profissionais” intitulados mestres, receberam alguma formação em educação física. A maioria é autodidata ou aprendeu com alguém assim. Um perigo para as crianças que ninguém discute.
Os riscos à saúde no desempenho físico de crianças é inimaginável. Uma das principais é a sobrecarga nas articulações, principalmente nos joelhos, devido aos movimentos intensos e repetitivos. Outra desvantagem é a possibilidade de lesões, como distensões e torções, que podem ocorrer devido à natureza dinâmica e às quedas da capoeira. Além disso, a capoeira exige um alto nível de condicionamento físico e pode não ser adequada para pessoas com problemas de saúde pré-existentes ou limitações físicas como a criança com os ossos ainda ainda em desenvolvimento.
Os movimentos de capoeira, especialmente os de salto, giro e pancada, podem sobrecarregar as articulações, especialmente os joelhos, podendo levar a lesões graves. Algumas pessoas podem ter dificuldades em aprender e executar certos movimentos de capoeira, especialmente os mais complexos, o que pode levar à frustração e desmotivação. Embora raras, as quedas e colisões na capoeira podem levar a acidentes, como lesões em membros, cabeça e costas.
A capoeira, ao focar em alguns grupos musculares, pode causar desequilíbrios e contusões sérias se não for praticada corretamente ou se não for combinada com outros exercícios. A capoeira, por essas e outras, alimenta como justificativa um vitimismo cultural usando raízes da cultura negra, alegando preconceito e marginalização. A questão não é essa, mas até onde ela traz algum benefício para a sociedade?
A prefeitura de Ibiporã acaba de publicar sua disposição em gastar R$ 1.772.040,40 (Hum milhão setecentos e setenda e dois mil, quarenta reais e quarenta centavos) em contrato com um grupo de capoeira pelo período de um ano. São quase R$ 170 mil reais por mês em projeto que pode colocar a saúde das crianças de Ibiporã em risco. Desnecessário dizer que há esportes muito mais saudáveis e de menor risco a lesões que caberiam perfeitamente na grade de cumprimento curricular da Educação, onde a prefeitura é carente de profissionais e alega não ter “folha” para pagamento de professores de Educação Física complementar. Mas dispor de quase R$ 2 milhões de reais para bancar academia de capoeira, é assunto para ser revisto e discutido. Então... na nossa ótica queremos lembrar que a capoeira é, em última análise, uma tradição popular, e não um esporte 100% saudável regulamentado. Com a palavra os vereadores de Ibiporã.
FONTE/CRÉDITOS: Folha Portal/Ely Damasceno