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Vitória da Conquista está diante de uma decisão financeira significativa: a prefeita Sheila Lemos estuda encaminhar à Câmara Municipal um Projeto de Lei solicitando autorização para contratar um novo empréstimo, cujo valor pode variar entre R$ 300 milhões e R$ 400 milhões. A proposta, ainda não oficializada, já provoca intensos debates políticos e levanta preocupações sobre o impacto nas finanças públicas.
Novo financiamento em meio a dívidas já existentes
O município já possui contratos de empréstimos em vigor, como os do programa FINISA (Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento), que estão sendo pagos atualmente. Esses compromissos anteriores tornam ainda mais delicada a discussão sobre a capacidade de endividamento da Prefeitura. A nova proposta, caso aprovada, representaria a maior operação de crédito da história da cidade.
Câmara promete análise criteriosa e transparente
O presidente da Câmara Municipal, Ivan Cordeiro da Silva Filho (PL), aliado da prefeita, tem adotado uma postura de cautela. Em entrevista ao programa Sudoeste Agora, da Rádio Clube de Conquista, ele destacou que o momento exige responsabilidade e atenção redobrada.
“A cidade está em obra, e isso é positivo. Mas temos que pensar no futuro, no equilíbrio fiscal e na capacidade de pagamento da Prefeitura, que já possui financiamentos em andamento, como os do FINISA”, afirmou o vereador. Ele garantiu que o projeto será debatido com todos os parlamentares e com participação popular.
Base aliada apoia, mas pede planejamento
O vereador Paulinho Oliveira (PSDB), também da base governista, defendeu a importância de novos investimentos, mas reforçou a necessidade de planejamento. Em entrevista ao jornalista Guilherme Barbosa, no programa FalaConquista da Rádio Câmara, ele afirmou que o empréstimo pode ser benéfico, desde que bem estruturado e com metas claras.
Pontos centrais em debate
Compromissos financeiros vigentes: O município já paga parcelas de empréstimos anteriores, como os do FINISA, o que exige cautela na contratação de novas dívidas.
Equilíbrio fiscal: É necessário avaliar a real capacidade de pagamento da Prefeitura.
Definição de prioridades: Os recursos devem ser aplicados em obras com impacto direto na vida da população.
Planejamento e controle: Cronogramas, metas e fiscalização são fundamentais.
Participação democrática: A Câmara terá papel decisivo, garantindo que o interesse público seja respeitado.
O que esperar nos próximos dias
Mesmo sem ter sido formalmente apresentado, o possível pedido de empréstimo já mobiliza lideranças políticas. Ivan Cordeiro reforça que a Câmara está comprometida com uma análise profunda e responsável. “O momento agora é de cautela, não de pressa. A comunidade pode contar com a Câmara para conduzir esse debate com seriedade”, concluiu.
Com financiamentos anteriores ainda em vigor, Vitória da Conquista precisa avaliar com atenção se está preparada para assumir um novo compromisso financeiro. O debate está lançado — e será decisivo para o futuro da cidade.