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São Paulo se prepara para receber, neste domingo (14), uma manifestação convocada por setores da esquerda contra os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). O protesto, marcado para a Avenida Paulista, reúne militantes, parlamentares e artistas e tem como alvo decisões recentes do Congresso que, segundo os organizadores, representam retrocessos democráticos.
Entre os pontos de maior contestação estão o PL da dosimetria, que redefine critérios de punição em processos judiciais, e o risco de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. Os manifestantes também denunciam episódios de violência contra jornalistas e servidores dentro das Casas Legislativas, considerados sinais de um ambiente hostil e autoritário.
A mobilização ganhou força nas redes sociais, com hashtags críticas ao que chamam de “blindagem” de parlamentares e à tentativa de enfraquecer investigações. O ato retoma o tom das manifestações anteriores contra a PEC da Blindagem e o PL da Anistia, reforçando o discurso de que o Congresso estaria atuando como “inimigo do povo”.
Organizadores afirmam que o objetivo é pressionar os parlamentares e chamar atenção da sociedade para o que consideram uma ameaça às instituições democráticas. “Não podemos aceitar que o Congresso se torne um espaço de impunidade e violência”, declarou um dos artistas envolvidos na convocação.
A expectativa é de que o protesto reúna milhares de pessoas, em um cenário de crescente tensão entre movimentos sociais e a cúpula do Legislativo.