Em uma ação que marca o ápice da pressão americana sobre o governo venezuelano, os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira a apreensão de um navio petroleiro próximo à costa da Venezuela. A operação envolveu helicópteros e militares da Guarda Costeira, que desceram por cordas até a embarcação e tomaram controle da cabine do capitão.
Segundo o Departamento de Justiça americano, o navio vinha há anos transportando ilegalmente petróleo venezuelano e iraniano, ambos sob sanções impostas por Washington. As autoridades afirmam que a embarcação fazia parte de uma rede global de comércio clandestino de petróleo, cujos lucros eram destinados ao financiamento de organizações terroristas.
Durante pronunciamento oficial, o presidente Donald Trump destacou a dimensão da operação:
> “Acabamos de apreender um petroleiro na costa da Venezuela. Um navio grande, muito grande, na verdade o maior já apreendido”, declarou.
Questionado sobre o destino da carga, Trump foi direto:
“Vamos ficar com ele”.
Analistas apontam que a medida pode intensificar o isolamento econômico da Venezuela, já que transportadores internacionais tendem a evitar riscos na região diante da possibilidade de perderem suas cargas.
Contexto histórico
A apreensão ocorre em meio à maior mobilização naval americana no Caribe desde a crise dos mísseis de Cuba, em 1962. Desde agosto, Washington reforça sua presença militar na região, ampliando a pressão sobre Caracas.
Reação venezuelana
Enquanto Trump anunciava a operação, o presidente Nicolás Maduro buscava transmitir uma mensagem de paz. Em praça pública, cantou a música americana “Don’t worry, be happy”, em um gesto simbólico de apelo à tranquilidade diante da escalada de tensões