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Caso Roberto Jefferson: campanha de Bolsonaro teme perder votos de mulheres



Aliado do atual presidente da República, Roberto Jefferson atacou policiais federais após ordem de prisão. Campanha de Bolsonaro avalia que eleitorado feminino é mais resistente a 'radicais'.

Presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição — Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO


Integrantes do comitê de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) estão em alerta e temem, a cinco dias do segundo turno, perder votos entre mulheres nesta reta da final da campanha.


O temor, dizem, é motivado pelo caso envolvendo a prisão do ex-deputado Roberto Jefferson, aliado de Bolsonaro.


No último domingo (24), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, revogou a prisão domiciliar de Jefferson e determinou que o ex-deputado voltasse para a prisão.


Quando policiais federais chegaram à residência de Jefferson, ele os atacou com fuzil e granadas. Somente após oito horas desrespeitando a ordem do Supremo, Jefferson se entregou.



Para aliados de Bolsonaro, o episódio pode tirar votos de mulheres. Isso porque, avaliam, esse eleitorado é mais resistente às "alas radicais" que apoiam Bolsonaro.


Roberto Jefferson passa a primeira noite no presídio Bangu 8, no Rio

Roberto Jefferson passa a primeira noite no presídio Bangu 8, no Rio


Avaliação do comitê bolsonarista

A campanha do candidato à reeleição concluiu que o desfecho da prisão de Jefferson o consolida como o personagem "mais bélico" do bolsonarismo.


Para o comitê, a imagem de um aliado de Bolsonaro armado e disparando contra a polícia afasta eleitores moderados e, em especial, as mulheres – que resistem ao armamento propagado por bolsonaristas por verem nessa política uma ameaça aos filhos e às famílias.


Integrantes da campanha disseram ainda que o episódio em si já seria motivo de atenção, mas virou "ponto de alerta extremo" após o QG da reeleição detectar, em levantamentos internos, os prejuízos já registrados com a fala de Bolsonaro no episódio do "pintou um clima" sobre as meninas venezuelanas.



Ou seja: segundo os aliados, os números mostram estagnação, com Bolsonaro deixando de crescer no eleitorado feminino.


Segundo integrantes da campanha, "deixar de crescer para quem precisa ganhar mais votos é sinônimo de perder".


Dizem ainda que será preciso construir uma estratégia para angariar votos de mulheres, o que ficou especialmente difícil após os últimos dias.



Por Camila Bomfim, GloboNews — Brasília


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