Chuva em parque vazio e protesto contra Alckmin atrapalham agenda de Aécio em SP
Candidatos esperavam gravar imagens com eleitores para usar na propaganda eleitoral
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, passou por uma manhã difícil neste sábado (26). Estava nos planos do senador uma visita ao Parque da Juventude ao lado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do candidato tucano ao Senado José Serra para realizar uma corpo a corpo com eleitores e gravar imagens para sua propaganda eleitoral.
Entretanto, o mau tempo na capital paulista e o parque vazio atrapalharam tudo. O roteiro incial, que previa conhecer o Memorial Carandiru — o parque fica no local no antigo presídio —, uma passada na Etec da região e um lenta caminhada pelo parque foram substituídas por uma breve visita à Biblioteca São Paulo e uma corridinha pela chuva até o carro.
Antes, os tucanos tomaram um café para espantar o frio. Quem pagou os R$ 24 pelas oito xícaras consumidas foi Alckmin, que brincou.
Serra foi o primeiro a ir embora, logo após à visita à biblioteca. No caminho até o carro, Aécio e Alckmin passaram por jovens que ainda resistiam à chuva e jogavam futebol nas quadras do parque. Alguns se aproximaram para tirar fotos com os candidatos, mas foram os que ficaram de longe que mais chamaram a atenção.
Enquanto Aécio passava apressado pelos pingos d´água, os jovens começaram a gritar "legaliza! legaliza!". Sem entender, o tuano pediu aos assessores mais próximos que lhe explicassem o que era demandado pelos potenciais eleitores. Quando soube do que se tratava, sorriu e seguiu em frente.
Protesto
Outro momento constrangedor foi quando Amabile Lopes, professora da rede estadual de ensino de São Paulo, se aproximou de Geraldo Alckmin fazendo um agradecimento. O governador virou-se então e estendeu a mão para cumprimentar a professora, que disparou.
— Muito obrigada por ter me demitido na última sexta-feira.
Desconcertado, Alckmin disse que não demite ninguém, que isso é atribuição da Secretaria de Educação, e prometeu que iria "verificar o que aconteceu".