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Colômbia: um país em pânico por causa do zika

Foto: BBC
colombiazika
Com mais de 30 mil infectados, a Colômbia é, ao lado do Brasil, um dos países mais atingidos pelo surto do vírus zika.

Ao contrário do vizinho, não é a microcefalia ─ tipo de má-formação cerebral em fetos – que preocupa o governo, mas o aumento significativo no número de casos da rara síndrome de Guillain-Barré.
Cientistas se mantêm cautelosos e evitam fazer uma associação direta entre o vírus e a síndrome que pode causar paralisia grave, mas nas regiões mais atingidas o pânico é real e está aumentando.
Fabian Medina, de 22 anos, é uma das vítimas da doença. Ele deveria estar no auge da vitalidade, mas parece um homem de 90 anos de idade. Medina está se recuperando da paralisia depois de passar duas semanas em uma unidade de terapia intensiva.
Se Medina não estivesse respirando com a ajuda de aparelhos, provavelmente estaria morto. Quando perguntado se tem filhos, ele levanta um dedo com muita dificuldade. Então, com um gesto circular, descreve a barriga da mulher, grávida, e cai em prantos.
A mulher de Medina, Karen, está grávida de três meses e teve zika. Os sintomas foram leves, mas as consequências ainda são desconhecidas.
“Meu medo é que nas notícias (sobre a doença) eles falam que o bebê pode ficar deformado. Estou muito assustada e rezo para que nada de mal aconteça com ele”, disse.
Karen se preocupa com a possibilidade de microcefalia. Os casos no Brasil se multiplicaram desde o início do surto: até o dia 30 de janeiro, foram notificados, segundo o Ministério da Saúde, 4.783 casos suspeitos de microcefalia, má-formação que prejudica o desenvolvimento do cérebro do bebê.

Desse total, 404 casos de microcefalia foram confirmados ─ 17 têm ligação confirmada com o vírus zika. Os outros ainda estão sendo investigados.


Guillain-Barré aumenta em 5 países; ligação com zika ainda não foi provada

Informação é de relatório divulgado neste sábado pela OMS zika.
Há 'fortes indícios' de que zika vírus, transmitidos por mosquitos Aedes aegypti, tenha correção com aumento de casos de síndrome de Guillain-Barré  (Foto: AFP Photo/Patrice Coppee)

Pesquisas para determinar causa de aumento continuam, diz OMS.Há 'fortes indícios' de que zika vírus, transmitidos por mosquitos Aedes aegypti, tenha correção com aumento de casos de síndrome de Guillain-Barré (Foto: AFP Photo/Patrice Coppee)
Um distúrbio neurológico que pode ter ligação com o vírus da zika tem apresentado cada vez mais casos no Brasil, Colômbia, El Salvador, Suriname e Venezuela, afirmou neste sábado (13) a Organização Mundial da Saúde (OMS).


A síndrome de Guillain-Barré, um ataque do sistema imunológico a parte do sistema nervoso, causa fraqueza gradual nas pernas, braços e no tronco. Em alguns casos, a doença pode levar à total paralisia.
"No contexto da epidemia do vírus da zika, Brasil, Colômbia, El Salvador, Suriname e Venezuela reportaram um aumento dos casos de SGB (Síndrome de Guillain-Barré)", informou a OMS em um relatório semanal sobre o vírus da zika, que agora está disseminado em 34 países, sendo 26 nas Américas.
"A causa do aumento da incidência de SGB observado no Brasil, Colômbia, El Salvador e no Suriname ainda é desconhecida, mas a dengue, a chikungunya e o zika estão circulando simultaneamente nas Américas", acrescentou o relatório.
Não há confirmação de ligação com zika
A OMS afirmou que as pesquisas para determinar o porquê do aumento de casos continuam, mas lembrou que não há confirmação laboratorial de presença do zika vírus em pacientes com a síndrome na Colômbia e em El Salvador.
 
A Venezuela reportou 252 casos de Síndrome de Guillain-Barré ocorridos simultaneamente e no mesmo lugar de infecções do vírus da zika, informa o relatório. "A infecção com Zika foi confirmada em três dos casos de SGB, incluindo um caso fatal."
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse na quinta-feira que três pessoas morreram de complicações do vírus Zika e que o número de casos suspeitos subiu para 5.221.
Mesmo nas melhores condições, de 3 a 5% dos pacientes com a síndrome de Guillain-Barré morrem em decorrência de complicações da doença, que incluem paralisia dos músculos que controlam a respiração, infecção sanguínea, coágulos pulmonares e parada cardíaca, de acordo com a OMS.
Na Polinésia Francesa, todos os 42 casos da síndrome identificados durante a epidemia de Zika de 2013 e 2014 testaram positivo para dengue e Zika, disse a OMS.
Não há ligação provada entre o vírus zika, a microcefalia e a Síndrome de Guillain-Barré, mas a especialista da OMS Marie-Paule Kieny disse na sexta-feira que as suspeitas dos cientistas podem ser confirmadas dentro de semanas.  

Da Reuters
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