Verba da Petrobras foi desviada para escolas de samba e time de futebol
Foto: Tania Rego/Agência Brasil
Uma auditoria interna da Petrobras, e anexada ao inquérito da Polícia Civil no Rio, mostra que o ex-gerente de comunicação da empresa Geovane de Morais fracionou pagamentos a fornecedores para burlar a fiscalização. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, no pacote de benfeitorias feitas pela empresa na gestão de Morais está a destinação de R$ 1 mi para cada escola de samba do Grupo Especial do Carnaval do Rio, em 2009. Além do grupo, o América Futebol Clube também recebeu recursos da estatal. De acordo com a comissão da Petrobras, em 38% dos valores pagos não foram apresentadas evidências de que os serviços foram realmente realizados, o que representa algo em torno de R$ 57 milhões. A comissão verificou ainda gastos de ordem de R$ 88,9 milhões, mas apenas R$ 29,2 milhões foram confirmados como serviços contratados e realizados. Em festas ou simpósios patrocinados pela Petrobras não havia relatórios com comprovantes que demonstrassem o número de camisas, banners, cartazes e brindes distribuídos nos eventos.