Dilma avalia políticas do governo e compara a gestões anteriores: 'Não vai se repetir'
Fotos: Carol Garcia / GOV BA | Roberto Stuckert Filho/PR
A
presidente Dilma Rousseff foi festejada antes de se pronunciar durante
cerimônia do programa Minha Casa, Minha Vida, nesta quarta-feira (30),
em Camaçari, ao som de "Ôlê, Ôlê, Olá, Dilma, Dilma". Assim que começou o
discurso, a mandatária foi interrompida por uma senhora que gritou
"ajuda, ajuda", mas pediu que seus assessores a ouvissem e continuou.
“Hoje nós temos aqui 1,5 mil famílias que têm acesso a uma riqueza. As
unidades vão se valorizar. É um direito ter a casa própria. A casa é de
vocês”, ofertou. Dilma falou sobre um "rombo" que havia na habitação
popular em governos anteriores. “Vamos lembrar como era a conversa? É
antiga e bastante fiada”, disparou, ao exemplificar a tese: “Por que
alguém tem que ser beneficiário do subsídio gratuito do governo? Eles
perguntavam. O certo é solução de mercado [na lógica deles]. Significava
milhões de brasileiros sem teto, sem lar. Você tinha que ir ao banco e
comprovar renda".
Ainda durante o discurso, a presidente falou sobre política
financeira do país. “Ao longo dos anos, sempre que houve qualquer
problema no mercado internacional, qualquer problema com qualquer
economia desenvolvida, mais cedo ou mais tarde, os efeitos disso atingia
os países que não tinham crise ou que não produziram a crise. Até aí é
algo que a gente entende. Mas, quando chegava aqui, quem pagava o pato
era a classe mais pobre. Conosco não. Não tem vez. Não terá o povo
pagando, porque não é necessário. Aqui nós temos a maior taxa de
emprego, 4,8 milhões, e chegamos à menor taxa de desemprego. Muitas
vezes se pinta a realidade com cores negras para se aproveitar das
circunstâncias. Não vamos deixar esse país cair nas tradicionais
políticas de arrocho salarial porque não é necessário que o país passe
por isso”, afirmou, ao calcular ainda o saldo do erário: “A poupança do
povo brasileiro é de 376 bilhões de dólares de reserva”. De acordo com
Dilma, a inflação média no seu governo, se comparada a outros governos, é
a mais baixa. “A inflação chegava a 12%, antes de Lula. Nós temos
recursos e não vamos interromper nenhum programa social porque alguém
queira. O dinheiro é para ser gasto com a sua população e será gasto com
ela”, prometeu. As comitivas da presidente e do governador Jaques
Wagner deixaram o evento sem falar com a imprensa.