O governo brasileiro reagiu com firmeza à recente investigação comercial aberta pelos Estados Unidos, que indiretamente classificou o sistema de pagamentos instantâneos Pix como uma prática comercial desleal. A resposta veio em tom de orgulho e soberania: “O Pix é dos brasileiros”, declarou o Palácio do Planalto em publicação oficial.
O que motivou a investigação?
O Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR) anunciou uma apuração sobre supostas práticas anticompetitivas do Brasil, incluindo favorecimento a serviços de pagamento eletrônico desenvolvidos pelo governo. Embora o Pix não tenha sido citado nominalmente, a referência foi clara, já que é o único sistema público de pagamentos do país.
Segundo o governo americano, o avanço do Pix estaria prejudicando a competitividade de empresas norte-americanas que atuam no comércio digital, como Google Pay e WhatsApp Pay — este último, inclusive, foi descontinuado no Brasil.
A resposta brasileira
Em tom bem-humorado e assertivo, o governo brasileiro publicou nas redes sociais:
“Parece que nosso Pix vem causando um ciúme danado lá fora, viu? Tem até carta reclamando da existência do nosso sistema seguro, sigiloso e sem taxas”.
O vice-presidente Geraldo Alckmin também saiu em defesa do sistema, classificando o Pix como um “modelo de sucesso” e destacando que o Brasil está pronto para esclarecer todos os pontos levantados na investigação.
Pix em números
Mais de 175 milhões de usuários
Cerca de 6,5 bilhões de transações mensais
Mais de R$ 2,5 trilhões movimentados por mês
Mais de 858 milhões de chaves cadastradas
A Febraban reforçou que o Pix é uma infraestrutura pública, não um produto comercial, e que promove concorrência saudável no sistema financeiro brasileiro.
Soberania digital em pauta
A defesa do Pix se tornou também uma defesa da soberania nacional. O governo brasileiro afirma que o sistema representa um avanço tecnológico legítimo, desenvolvido pelo Banco Central com apoio de instituições financeiras públicas e privadas. “Não é só um meio de pagamento: é soberania digital, feita no Brasil e amada por todo brasileiro”, diz uma das publicações oficiais.