Berzoini discute plano para retirar assinaturas de CPI
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O
deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), que toma posse nesta terça-feira,
01, como ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), vai
comandar no início da noite uma reunião com líderes da base aliada para
discutir a estratégia do governo na CPI da Petrobras. A informação foi
repassada nesta segunda-feira, 31, pelo líder do PT no Senado, Humberto
Costa (PE). O encontro contará com a ministra demissionária da SRI,
Ideli Salvatti, e parlamentares no Palácio do Planalto. No Senado,
Humberto Costa disse que a estratégia inicial do governo é tentar
trabalhar pela retirada das assinaturas e impedir a instalação da
Comissão Parlamentar no Senado. No momento, o requerimento tem 29
assinaturas, duas a mais que o necessário. A expectativa da oposição é
que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), faça a leitura do
pedido de instalação da CPI nesta terça-feira. A partir do momento da
leitura, os senadores têm até a meia-noite do dia para retirarem ou
acrescentarem nomes à investigação parlamentar. Três senadores da base
aliada subscreveram o requerimento: Sérgio Petecão (PSD-AC), Eduardo
Amorim (PSC-SE) e Clésio Andrade (PMDB-MG). "Até que haja a leitura (do
requerimento de instalação da CPI), vamos continuar trabalhando para
mostrar a todos os senadores o que está sendo feito, já sob investigação
de órgãos competentes", afirmou o líder do PT. "Uma investigação do
Congresso é abrir espaço para a disputa político-eleitoral",
completou. Os parlamentares também vão discutir no Planalto se vão
propor a ampliação do escopo da CPI a fim de investigar gestões do PSDB
de Aécio Neves e do PSB de Eduardo Campos, dois prováveis candidatos à
Presidência da República. Humberto Costa disse que, por conta do tamanho
da bancada, o PT teria o direito de comandar um dos dois principais
cargos da CPI, mas que isso não significa blindar as investigações. "Por
maioria, temos o direito de indicar o presidente ou o relator (da
comissão)", afirmou o líder petista. No Senado, o PT, com 13 senadores,
teria o direito de fazer a segunda escolha na direção da CPI logo após o
PMDB
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